Grupo Flor Ribeirinha enche de beleza a Bélgica e a França

Grupo Flor Ribeirinha enche de beleza a Bélgica e a França

Como o Brasil é lindo! De norte a sul, são o seu povo e as suas festas poulares, além de uma beleza natural sui generis que roubam a cena mundo afora. Entre tantas peculiariades e belezas, o grupo Flor Ribeirinha, de Mato Grosso, marcou a sua participação em grande estilo com o show Brasil no Festival Mundial de Folclore de Saint Ghislain, na Bélgica. O Festival, na sua 39ª edição, reuniu as delegações da Itália, Cuba, Peru, Polônia, Slováquia, Tailândia, Brasil e Bélgica. O evento contou com a presença de um grande público e de muitas autoridades, como o presidente do Festival, Daniel Coustry, o diretor de Relações internacionais da Federação Internacional de Festivais de Danças Folclóricas -Fidaf Brasil, Régis Bastian e outros convidados. Durante a turnê internacional pela Europa, o grupo Flor Ribeirinha apresentou em diferentes palcos o repertório de música e dança de até oitenta minutos. Além dos espetáculos, participou de desfile, shows para escolas, casa de idosos, bailes e animações culturais. São ações fundamentais para aproximar ainda mais o público da cultura promovendo o intercâmbio com crianças, jovens e adultos.

A cultura mato-grossense sendo celebrada e reconhecida em solo europeu com gestos de acolhimento e diplomacia cultural. Foto: Eduardo Andrade –  Slum.

Show du Monde e Must América

Conforme a programação, o grupo deu início as apresentações em Quevoucamps no Foyer Culturel de Beloeil, na Bélgica onde foi recepcionado por um grande público. Em cada abertura oficial dos festivais, ocorreu a tradicional troca de presentes entre dirigentes de grupos e autoridades. Ainda na Bélgica, o grupo participou do show du Monde e Must América, incluindo o Brasil, Cuba e Peru. Outra apresentação foi realizada na histórica cidade de Waterloo. O grupo seguiu para o Festival de Reims, na França e nesta semana apresenta o grande espetáculo Show Brasil no Festival de Saint Malo na França que acontece no período de 1 a 6 de julho com diversas delegações de países da Europa, além de Brasil e Peru. Em Saint-Malo, também participará de desfiles no centro histórico da cidade francesa, além de animação para o público no Thermes Marins.

Equilíbrio, ritmo e identidade: a dança da Moringa é um espetáculo visual que traduz a alma do povo mato-grossense. Foto: Eduardo Andrade –  Slum.
Tradição, ritmo e emoção: o Brasil entrou em cena com o brilho do Flor Ribeirinha na cerimônia de abertura do Festival de Saint Ghislain. Foto: Eduardo Andrade –  Slum.

A Dança do Siriri e a história dos Riberirinhos

A fundadora e liderança do Flor Ribeirinha, Domingas Leonor, destacou o Festival ressaltou que a cultura Matogrossense é vista e valorizada, principalmente a dança do Siriri, com o seu expressivo figuro com cores e alegria, que chamam atenção do público. “O nosso carro chefe é o Siriri, que apresentamos. Sempre trouxemos a nossa dança regional com muita determinação. No repertório, destacamos a história, a tradição e a religiosidade do povo ribeirinho e muitos elementos da nossa cultura regional. Nos espetáculos vimos as pessoas vibrando e aplaudindo o que fazemos com tanto carinho no palco”, disse ela, observando que o grupo também apresentou a dança da Moringa, o lambadão, Rasqueado Cuiabano, o frevo, o Boi Bumbá , a dança afro e o Samba. O diretor Artístico e coreógrafo, Avinner Augusto informou que o grupo Flor Ribeirinha reforça a forte conexão cultural construída ao longo dos anos com o público europeu. “O Festival de Saint Ghislain é um dos mais prestigiados da Europa. Segundo ele, foi uma oportunidade ímpar de representar o país por meio da arte, mostrando o vigor e a riqueza das tradições populares brasileiras, disse ele, lembrando que o grupo reafirma seu compromisso com a excelência artística e com a promoção da diversidade cultural do país.

Colorido, alegria e tradição: o Siriri pulsa no compasso do tambor e no coração do povo mato-grossense. No palco europeu, essa dança ancestral mostrou ao mundo a beleza viva das margens do rio Cuiabá. Foto: Eduardo Andrade –  Slum.
Com uma trajetória marcada pela valorização das tradições populares, o Grupo Flor Ribeirinha representou o Brasil com excelência nos festivais internacionais da Bélgica e da França, promovendo o intercâmbio cultural por meio da dança e da música. Foto: Eduardo Andrade –  Slum.

Um repertório vibrante e emocionante

O Flor Ribeirinha preparou um repertório vibrante e cuidadosamente selecionado, que mescla tradição e inovação. As coreografias com elementos marcantes da cultura mato-grossense, como o siriri e o cururu, e também percorrem outras regiões do Brasil, incluindo manifestações do nordeste, sudeste e sul. “Cada dança foi coreografada com atenção aos detalhes históricos e estéticos, buscando traduzir com fidelidade e beleza a diversidade cultural brasileira. Figurinos, ritmos e passos foram pensados para encantar e emocionar o público internacional”, concluiu o diretor. Na sua avaliação, o espetáculo foi muito bem recebido pelo público europeu. A riqueza de ritmos, as cores vibrantes dos figurinos e a energia dos bailarinos despertam grande interesse e emoção. Mesmo com as diferenças linguísticas e culturais, a dança tem um poder universal de comunicação.

Cada dança, cada ritmo e cada cor traduzem a força de um povo que encontra na arte a sua mais profunda forma de expressão e resistência. Foto: Eduardo Andrade –  Slum.
A tradição popular é um patrimônio que atravessa gerações e carrega, em cada gesto, a história coletiva de comunidades inteiras. Foto: Eduardo Andrade –  Slum.

Múltiplas identidades culturais

A variedade de estilos presentes no repertório ajuda a mostrar que o Brasil é um país com múltiplas identidades culturais. Além disso, antes de cada apresentação, são feitas breves contextualizações que ajudam o público a compreender melhor o significado e a origem das danças. O diretor Musical, Jeferson Neves informou que a preparação dos músicos exige dedicação, escuta e uma entrega profunda àquilo que a gente acredita: a força da música como linguagem universal. Segundo ele, a turnê não é só uma conquista artística. É também o resultado do empenho e da paixão de cada músico que carrega no corpo e na voz a identidade do Flor. “Levar a nossa arte para além do oceano é emocionante, e mas mais ainda, é ver como ela toca pessoas tão diferentes, em lugares tão distantes. Isso prova que nossa cultura tem voz, tem beleza, tem potência e merece o mundo”, garantiu Jeferson.

Com figurinos vibrantes e coreografias arrebatadoras, o espetáculo Show Brasil emocionou plateias na Bélgica e França. Foto: Eduardo Andrade –  Slum.
À frente de uma trajetória marcada pela dedicação à cultura popular, Domingas Leonor é referência na preservação e difusão das tradições do povo ribeirinho de Mato Grosso. Foto: Eduardo Andrade –  Slum.

Nota da redação
Edição Márcia Santos
Imagens: Eduardo Andrade –  Slum